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Jair Bolsonaro, o primeiro da esquerda para a direita. |
Estive no Haiti, em 2007, em missão oficial da Câmara dos Deputados e, numa confraternização, observei uma autoridade local servindo-se de três salgadinhos sempre que se aproximava uma bandeja. Comia um e colocava dois no bolso. A miséria é indescritível. Verdadeiro flagelo sob o ponto de vista humanitário.
O futuro do país está comprometido pela falta de recursos naturais e de mão de obra qualificada. Deixar tal quadro e viver em outro país é a solução mais fácil.
A atual opção pelo Brasil decorre do fato de que os Estados Unidos, com seu altíssimo poder de policiamento, não mais os aceitam em seu território, uma vez que, somente no Estado da Flórida, já existem 1,2 milhão de haitianos e cubanos.
Em que pese o aspecto humanitário, a questão deve ser tratada com responsabilidade. Além da falta de qualificação profissional, os haitianos não falam nosso idioma. Pelo local em que estão, na fronteira, até para sobreviver, serão presas fáceis para o narcotráfico e outras atividades ilegais — ou engrossarão as fileiras dos miseráveis nacionais.
Fala-se, ainda, em permitir que tragam seus familiares, o que elevaria catastroficamente o contingente de imigrantes desqualificados que será somado aos 13 milhões de brasileiros beneficiados com bolsas famílias por se encontrarem desempregados.
Fluxos migratórios, sem a preocupação com a sustentabilidade, já ocorreram em outros países. As consequências foram severas políticas repressivas decorrentes dos problemas sociais e violência originados de medidas humanitárias mal planejadas.
Jornal ODIA (13.01.2011)