COMO QUALQUER UM SABE, ATUALMENTE O PODER EXECUTIVO É QUEM FAZ PRIORITARIAMENTE A PAUTA DAS CASAS LEGISLATIVAS.
FIM DA DUPLA FUNÇÃO NOS ÔNIBUS - (PL 1298-A/2007) A emenda 2 proposta pelo Poder Executivo dizia que veículos que possuam o equipamento da leitura de biometria estariam fora da finalidade do PL, pois o controle biométrico retiraria a necessidade da dupla função, mas nem todos os usuários têm a biometria cadastrada.
Cobrador e biometria É uma coisa e cobrador OU biometria é outra.
Diante da diferença do OU e do É, a vereadora Teresa Bergher apresentou SUBEMENDA 2 e fomos co-autores da proposta, visando garantir o retorno dos cobradores ATÉ QUE TODOS VENHAM A TER O CADASTRO BIOMÉTRICO.
Então de frente com nova ótica e tendência ao analisar o cenário, o governo pediu rejeição de sua própria EMENDA 2 exposta inicialmente, o que foi feito.
E mais um fato curioso e comum e que ocorre diariamente, valendo compartilhar aos amigos: diante da apresentação da emenda da Vereadora Teresa e vendo que a proposta seria aceita, o Poder Executivo interferiu e criou emenda idêntica sabendo que possui a maioria, o direcionamento foi de rejeição da subemenda 2 e aprovação da proposta do líder do governo. Assim, quem fica bonito na foto é o Prefeito e não a Parlamentar.
Métodos semelhantes a este são utilizados diariamente nas casas legislativas, retirando a autoria do parlamentar e dando autoria ao grupo maior e mais articulado.
Alegar que aprovação desta proposta é retrocesso beira a desonestidade de quem gosta de usar discurso fácil . Óbvio que o ideal seria a bilhetagem eletrônica pura e simples, assim teríamos mais segurança e agilidade em todos os sentidos, contudo esta realidade não existe e não depende de iniciativa parlamentar, a não ser que o vereador tenha conchavo com o Prefeito, ai tudo é relativo. Outros oportunistas dizem que agora existirá aumento nas passagens devido ao fato ocorrido é outra ofensa ao intelecto, pois os valores aumentam todo ano independentemente desta votação, inclusive as vezes bem acima do permitido, mas os críticos não costumam lembrar disso e então surge a indignação seletiva.
O grande problema está na máfia das empresas de ônibus que visam somente o lucro e corrupção para terem facilidades e “exclusividade” nos meios de transporte carioca, e não nesta votação, pois independentemente do posicionamento o parlamentar ficaria refém de julgamentos: uns por estarem ao lado da empresas de ônibus, outros pelo boçal argumento do aumento do valor das passagens ignorando a realidade dos fatos e do transporte público e por fim, a possibilidade da abstenção, abrindo brecha para ser chamado de “fujão”. O “inocente” de qualquer jeito falaria mal seja qual fosse o voto.
Por fim, após este baile político o projeto emendado foi aprovado e possivelmente há a garantia do fim da dupla função de cobradores e motoristas nos ônibus da cidade do Rio de Janeiro.
A dupla função não pode ser aceita em hipótese alguma.
Seguimos fazendo nosso trabalho e expondo o jogo político nas Casas Legislativas de todo o Brasil para que as pessoas entendam cada vez melhor nossas rotinas no Poder Legislativo. Um abraço a todos.
-OBS: NÃO ESTAMOS AQUI PARA GANHAR CURTIDAS, MAS PARA EXPOR UM CONTRAPONTO QUE OS DESONESTOS OMITEM.
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